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As diferentes espécies de eucalipto tratado

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Uma das principais dúvidas dos nossos clientes e leitores é sobre as diferentes espécies de eucalipto tratado e quais as vantagens e desvantagens na utilização de cada uma. Existem mais de 800 espécies de eucalipto só no Brasil, a grande maioria delas desconhecidas do público geral.

Muitas das espécies são utilizadas na produção de carvão, celulose e madeira para escoramento. Outras para o tratamento e utilização na construção, cercamento e paisagismo. Vamos nos concentrar nas principais espécies utilizadas no Brasil para tratamento no autoclave.

Lembrando que vamos abordar algumas características de cada espécie baseadas em anos de experiência no trabalho com o eucalipto visando melhor rendimento e acabamento na construção e paisagismo. As informações expressas abaixo refletem a opinião do portal, baseado em nossa larga experiência no manejo do eucalipto tratado.

Escolhemos as espécies mais utilizadas no Brasil e procuramos usar uma linguagem menos técnica e mais prática.

Eucalipto Citriodora: é a espécie com a melhor resistência mecânica dentre as principais espécies utilizadas no tratamento em autoclave. São toras mais densas e com as fibras mais resistentes. São as menos suscetíveis a rachaduras também. Por isso, são as preferidas na produção de madeira serrada como tábuas, decks e vigas, pois tem menor risco de empenar e rachar. Arquitetos e engenheiros também gostam muito das toras de citriodora para grandes estruturas, exatamente pela sua resistência mecânica.

No que diz respeito à simetria das peças, o citriodora deixa um pouco a desejar. Apesar da qualidade da madeira, ele apresenta muita variação e irregularidade nas toras brutas, especialmente as mais finas. Madeiras mais tortas e com muita diferença entre base e topo da peça são características do citriodora. Para ter um bom resultado na utilização da madeira roliça na construção e paisagismo, é necessário um trabalho muito criterioso na escolha e seleção do material.

Eucalipto Cloeziana: é o que mais se aproxima do citriodora no que diz respeito à resistência mecânica. Não tem a mesma densidade do citriodora, mas apresenta bastante resistência e baixo índice de rachaduras. É a espécie que está se tornando a queridinha de arquitetos e paisagistas, por um simples motivo: é uma madeira muito uniforme. Pouca diferença entre base e topo, poucas peças tortas, baixo índice de rachaduras e coloração mais clara. Isso confere melhor qualidade para trabalhos que exigem melhor acabamento como telhados, pergolas, painéis entre outros.

Eucalipto Saligna: é uma das espécies mais utilizadas no tratamento em autoclave. Por ser muito abundante, especialmente nas regiões sul e sudeste do Brasil, é muito utilizada. O saligna é uma espécie com densidade muito inferior ao citriodora e ao cloeziana, portanto com uma resistência mecânica inferior e muito mais suscetível a rachaduras. É pouco utilizada em estruturas exatamente por esse motivo. É uma madeira de custo menor e por isso prefere-se essa espécie para serviços de menor qualidade como cercas, currais e galpões menores. É uma madeira bastante uniforme também.

Eucalipto Grandis: é uma espécie, a grosso modo, intermediária entre o saligna e o cloeziana. Não racha tanto quanto o saligna e não tão pouco como o cloeziana. Tem peças uniformes, porém com um pouco mais de nós. Muito utilizada na região sul, onde tem maior incidência. Nas demais regiões não se vê muito essa espécie em usinas de tratamento.